ARTIGO | Dom Lustosa, Poeta da Virgem
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ARTIGO | Dom Lustosa, Poeta da Virgem
16 de junho de 2020 Por pauloDom Antônio de Almeida Lustosa nasceu no dia 11 de fevereiro de 1886. Data que marcava uma providência Mariana em sua vida: o aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora, na Gruta de Massabielle, em Lourdes. Esta circunstância o marcara profundamente, dispondo-o a uma devoção filial a Nossa Senhora que encontrará sua máxima expressão na Mãe Auxiliadora de Dom Bosco. Tal devoção filial, alimentada pela sua índole poética, o acompanhará até o fim de sua vida, tornando-o conhecido como “o poeta da Virgem Maria”, que justamente na vigília da festa da Assunção viria levá-lo para o céu.
O amor filial de Dom Lustosa vai também se manifestar na data escolhida por ele para a sua Ordenação Episcopal, 11 de fevereiro de 1925, seu aniversário e dia de Nossa Senhora de Lourdes.
Nos dez anos que passou como Arcebispo de Belém do Pará, tinha um particular zelo e carinho em acompanhar os preparativos, com toda sua Igreja, da grandiosa Festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que ainda hoje, reúne multidões de devotos nas ruas da capital paraense.
No seu apostolado, procurava em todos incutir a filial devoção a Nossa Senhora. Escreveu:
“Grande deve ser nossa devoção àquela que desempenha papel tão importante na nossa santificação. Deus quis ter uma Mãe na terra e teve, foi a Virgem Maria. Ornou-a de todos os encantos, de todas as virtudes, de todos os poderes. Quis que Ela também fosse nossa Mãe adotiva. E Ela nos recebeu como filhos” (Lustosa, A. Prece ao Pôr do Sol).
“Todos procuram o caminho mais fácil para chegar à meta desejada. Nossa meta é o céu. O caminho mais fácil é a devoção a Santíssima Virgem Maria. Entremos, portanto, confiantes e decididos nesta estrada real da salvação” (Carta a Naide, s.d)
“O mundo está tão mal que nos devemos defender cada vez mais sob a proteção da Santíssima Virgem” (ROSITA, 11/10/1969)
Dom Lustosa também manifestava seu amor mariano na prática e difusão da oração do Rosário. Ele dizia:
“O Rosário é um livro para sábios e analfabetos, para ricos e pobres, para religiosos e para leigos. Como é doce repetir cinquenta vezes seguidas a saudação à Mãe de Deus e pedir, cinquenta vezes, uma boa hora de morte!” (ROSITA, 14/09/1973)
Em outubro, mês do Rosário, Dom Lustosa incentivava ainda mais a prática devocional do Rosário. “Espero que o mês do Rosário deixe em nossas casas muitas pétalas de rosas, despetaladas pelas mãos de Maria Santíssima. Precisamos tanto da proteção de Nossa Senhora”. (ROSITA, 06/10/1971)
Os escritos do Servo de Deus sobre Maria Santíssima e o testemunho de muitos que o ouviram em suas alocuções e sermões mostram uma constante de argumento, isto é, assim como para Dom Bosco, Dom Lustosa também entendia o quanto a presença de Maria Santíssima era importante para inculcar no cristão o amor a Jesus e a santidade oferecida por Ele.
No seu livro “Lâmpada Votiva” há belíssimas passagens dedicadas à Mãe de Deus, como também no escrito “Prece ao Pôr do Sol” (um compêndio de 215 reflexões), que transcreviam muitas de suas mensagens radiofônicas da chamada “Hora do Ângelus”, Dom Lustosa difundia um amor sincero e ardoroso à Virgem Santíssima.
Família Salesiana no Brasil, rezemos juntos, pedindo a intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora, a quem Dom Antônio Lustosa foi tão devoto, que nos dê a graça de muito em breve vê-lo, declarado pela Santa Mãe Igreja, como Venerável e Santo.
Por Padre Sérgio Lúcio Alho da Costa, sdb
Colaborador e Promotor no Brasil da Causa de Canônização de Dom Antônio de Almeida Lustosa