ARTIGO | O QUE A BÍBLIA NÃO É

ARTIGO | O QUE A BÍBLIA NÃO É
Comunicação 5 de setembro de 2023 Por pauloPe. João Carlos, sdb
Na Bíblia, com a assistência do Espírito Santo, encontramos o próprio Deus que se manifestou amoroso e fiel em Jesus Cristo.
A Bíblia não é um enfeite. E olha que muita gente lhe dá apenas esse uso: enfeitar a estante de sua casa ou do seu escritório. A Bíblia, podemos dizer, é um lugar de encontro: encontro com Deus, conosco mesmos, com os nossos semelhantes e com o mundo; um encontro onde ficamos sabendo do nosso valor e do nosso futuro de felicidade e realização.
A Bíblia não é um amuleto. Tem quem carregue a Bíblia ou a tenha num lugar de destaque como forma de atrair coisas boas, bênçãos. Amuleto é um objeto de superstição como pé de coelho, moeda da sorte, trevo de quatro folhas… A Bíblia, ao contrário, é uma luz para iluminar a nossa vida. Mas a luz não fica acesa se abrirmos a Bíblia. Ela ilumina quando, por meio dela, nos chega a mensagem de Deus nos confortando, nos corrigindo, nos orientando.
A Bíblia não é um livro de história, onde tudo esteja documentado desde o começo do mundo. Nem é um livro de ciências, nos dizendo como são as coisas deste mundo. A Bíblia nos abre ao sentido das coisas e desse mundo, com poemas, com hinos, com histórias edificantes, com ensinamentos preciosos. Diz, por exemplo, que este mundo saiu das mãos criadoras de Deus. Para isso, resume milhões de anos na semana da criação. Não é um livro da ciência, é um livro da fé.
A Bíblia não é um realejo da sorte, aquela caixinha que tocava música com manivela e um passarinho tirava uma carta com uma mensagem para o freguês. Podemos pensar na Bíblia, sim, como uma carta de Deus ao seu povo e à humanidade, não como uma caixinha de frases que alguém aleatoriamente abre e lê e pensa que foi a resposta de Deus. Precisa ler ou ouvir a carta toda, não apenas uma frase.
A Bíblia não é uma lei, um livro cheio de obrigações e mandamentos. Pensando assim, muita gente evita abri-lo e conhecê-lo; imagina que vai tolher sua liberdade. A lei da Bíblia é o amor. Essa é a lei de Deus. O amor de Deus comunica dignidade aos seres humanos. Mandamentos e orientações valem na medida em que expressam o nosso amor a Deus e ao próximo.
No final das contas, a Bíblia é uma pessoa: Jesus de Nazaré, filho de Deus, o prometido das Escrituras, Deus conosco.