FAMÍLIA SALESIANA | PADRE ROBERTO CARLOS

FAMÍLIA SALESIANA | PADRE ROBERTO CARLOS
7 de abril de 2020 Por pauloO resultado do teste deu positivo. Covid-19. No sepultamento, autorizado apenas o Pe. Marcos, diretor do Lar Sacerdotal do Recife, onde ele residia. E à distância. A notícia correu célere após o seu internamento na UPA da Abdias de Carvalho. Quadro complexo. Parada cardíaca de 20 minutos, reanimação. Apesar dos seus 52 anos, era portador de hipertensão e diabetes. Padres da Arquidiocese movimentaram-se para conseguir uma UTI. Foi lá que ele expirou, em poucos dias, no último 04 de abril.
ROBERTO CARLOS NUNES DE SOUZA.
Proveniência: Luís Gomes, RN, diocese de Mossoró.
Incardinação: Diocese de Ji-Paraná, RO, onde foi ordenado. Serviço Pastoral: além de sua diocese, administrador paroquial em duas paróquias na Arquidiocese de Olinda e Recife, com passagem em outras comunidades religiosas. Coração: salesiano, com membro do centro dos cooperadores salesianos do Recife-Sagrado Coração.
A Diocese de Ji-Paraná-RO, cumpre o doloroso dever de comunicar a morte do Pe. Roberto Carlos Nunes de Souza, em Recife-PE, hoje, 04 de abril de 2020 às 12h.
Pe Roberto Carlos foi ordenado sacerdote em 20 de março de 2010, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliada de Vilhena, pelas mãos de Dom Bruno Pedron.
Trabalhou na Diocese no final de 2008 até março de 2012, como Ecônomo da Diocese, e trabalhou nas Paróquias de Vilhena e Urupá.
Roguemos ao Senhor Deus que dê conforto aos seus familiares e o conduza para os braços do Pai, na companhia de Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Mãe.
Mons. José Celestino dos Santos (Administrador Diocesano)
Notícia triste, que trouxe um aperto no coração.
Conheço Roberto Carlos desde 1989. Em 1991, nos tornamos companheiros na filosofia, na mesma turma de filosofia na FAFIRE.
Seguimos caminhos distintos depois: continuei o caminho formativo e ele forçado a interromper: deixou a trincheira, mas continuou amando Dom Bosco e seu carisma. Sua vida arrastou vários jovens para o amor a Deus na escola de Dom Bosco.
Tornou-se Salesiano Cooperador e sempre alimentou a vocação sacerdotal, ordenado por Dom Bruno de Ji Paraná, bispo salesiano, após trabalho missionário lá.
Nos reencontramos em 2012, na Igreja de Olinda e Recife, servindo na comissão de Juventudes.
Um ser humano alegre e comunicativo, apaixonado pelos jovens e dedicado no anúncio do Evangelho com o coração oratoriano, devoto da Virgem Maria Auxiliadora.
O coração parou de bater. O CÉU te acolhe. Descanse em paz.
Pe. Antônio Gomes, SDB.
Recebo com tristeza a notícia da morte do Pe. Roberto Carlos. Desde os tempos de vocacionado, o conheço e o acompanho, às vezes de perto, às vezes de longe. Sempre o admirei por seu zelo apostólico, sua disponibilidade para a missão, sua vibração pastoral. Como cooperador salesiano, grupo secular da família salesiana, manteve sempre laços de proximidade conosco e com a missão juvenil e popular. Enfrentou sempre muitas dificuldades no seu caminho vocacional, mas nada que anuvie o seu zelo pastoral, o seu amor à Igreja e a firmeza de sua fé. Rezo por seu eterno descanso, acolhido pelo Pai amoroso que o chamou à vida e à fé em Cristo e ao serviço missionário. Rezo também para que o covid-19 cesse sua ofensiva letal entre nós.
Pe. João Carlos Ribeiro, SDB
Que tristeza forte bate no meu coração. Não tivemos oportunidades de estar no seu sepultamento P. Roberto Carlos, mas mesmo distantes estamos em espírito de solidariedade, com seus familiares, com a Família Salesiana do Nordeste, amigos onde você conviveu. Seu jeito de ser soube cativar desde crianças, adolescentes, jovens e os adultos. Você foi muito cedo para o Pai do céu, tão prematuramente, humanamente digo isso, mas tenho a certeza de que os justos estão nas mãos de Deus. Você deixou saudades entre nós e será sempre lembrado. Descanse em paz no jardim salesiano!
Padre James Galvão, SDB
Roberto Carlos foi sempre uma pessoa que me surpreendeu com seu jeito de ser. Muito extrovertido e carismático. Um zelo muito grande pelos jovens, de modo especial pelos sem voz e sem oportunidades.
Padre Roberto passou uma semana comigo, no início de fevereiro celebrando aqui na comunidade. Passou e já deixou sua marca, conquistando a todos com seu jeito.
Tivemos uma convivência fraternal e recordamos momentos muitos bons na vida salesiana de modo particular: estágios vocacionais e experiência do postulantado, no Recife. Ele, na filosofia. Rimos de algumas coisas e lamentamos de outras. Falou-me de muitas coisas de sua vida, de modo particular os seus últimos momentos até onde convivemos.
Hoje ele parte, deixando um exemplo de pobreza e irmandade. Sua vida por vezes flexível diante das intempéries deste mundo talvez não tenha ajudado a ser mais feliz, porque somos fadados aos julgamentos humanos, mas Deus sabe de todas as coisas e nos perdoa.
Vá em paz padre Roberto Carlos e que Deus seja um juiz compassivo.
Descanse em paz! Amém.
Até um dia, quando Deus nos chamar para a sua casa eterna!
Padre Josemildo Ferro
Recebi com tristeza a notícia do falecimento do Salesiano Cooperador P. Roberto Carlos Vieira Nunes.
Está comemorando no céu seu aniversário e muito bem, na companhia de Jesus, Maria Imaculada Auxiliadora e Dom Bosco.
Tive o privilégio de conhecer o Roberto Carlos quando este foi Coordenador Provincial de Recife.
Acompanhou fervorosamente as reuniões da então Conferência Nacional da Associação dos Salesianos Cooperadores, com muita alegria, questionando e desejando que a Associação sempre fosse mais viva e organizada.
Queria ser padre salesiano (falava sempre para mim).
Mas foi ordenado por Bispo Salesiano – padre diocesano.
Por onde passou, deixou marcas significativas.
Queria servir mais, ser melhor.
Angustiava-lhe ver contratestemunho. Certamente acertou mais do que errou, e se errou, foi na tentativa de acertar.
Temos mais um a interceder por nós, junto do Pai da Vida, especialmente neste momento pandêmico. Rezemos. Continuemos. Em nossa fé, crentes na ressurreição, estaremos todos juntos!
Luiz Marcos Schatzmann, Salesiano Cooperador (BPA)
Como se faz um salesiano? A receita é simples e se aproxima de algo como a formação do DNA de uma pessoa. Na verdade, há coisas que você não aprende no seminário. Coisas do tipo: gostar de viver em comunidade, amar os jovens e os pobres. Essas coisas, ou você já traz no “DNA” ou não vai aprender nunca. Dom Bosco sempre foi em busca de colaboradores que fossem parecidos com ele, evidentemente, não na fisionomia, mas no modo de agir. Todos os que desejavam trabalhar com ele tinham que fazer uma espécie de estágio prático para ver se traziam de casa os “ingredientes” necessários para se tornar um amigo dos jovens. A receita era simples, mas não era fácil encontrar esse perfil. Hoje partiu para a Casa do Pai, um genuíno salesiano. Padre Roberto Carlos não era um salesiano somente ligado a dom Bosco por laços jurídicos e canônicos (era cooperador salesiano). Ele era um imitador sui generis do pai e mestre da juventude. Dotado de um carisma particular, metia-se nas situações missionárias mais inusitadas. Desprendido, era amigo dos jovens e tinha uma predileção especial pelos mais pobres. Fomos colegas de turma no seminário, até que cada um tomou rumos diferentes e ele, após idas e vindas, realizou a sua vocação como padre sem com isso abandonar o carisma que ele aprendeu a viver ainda sob a direção do padre Guido Tonelloto, de Mossoró. Tenho certeza de que na porta de entrada do céu, Dom Bosco o recebeu e foi Nossa Senhora Auxiliadora que o levou para ver, pela primeira vez, a face de Deus. Vai na frente, Roberto! E faz um favor: conversa aí com os bem-aventurados da Família Salesiana pra não deixar a gente aqui embaixo errar o caminho pra chegar aí. Até a eternidade!
Padre Luís Eduardo Baronto
Conheço o Padre Roberto do tempinho meu estágio vocacional, 1989, em Carpina. Roberto animava os encontros vocacionais como seminarista salesiano. Roberto sempre foi um apaixonado por Dom Bosco e pela causa que Dom Bosco abraçava! Mesmo não sendo padre salesiano, abraçou o carisma e se amarrou mais forte ainda pelo compromisso como Salesiano Cooperador! Disso se orgulhava! Sou de Dom Bosco! Na sua passagem por Campos Sales, a minha casa se tornou a casa dele! Com seu jeito simples, conquistou minha mãe e toda minha família!
Para mim, Padre Roberto era um SALESIANO nato e que vai me fazer muita falta, pela amizade que tínhamos! Meu irmão, vá em paz! E reze por nós que ficamos por aqui sem entender sua partida!
Padre Demontier, sdb
É esse sorriso que vou guardar dele. Tanto nas aulas de religião no Dom Bosco, quanto nas suas idas sempre tão divertidas ao consultório. Quando inaugurei o consultório, ele foi lá para consulta e eu disse: “Eita padre. Se eu tivesse me lembrado, eu teria pedido para o senhor trazer água benta para benzer o consultório!”
Ele bravo e prontamente disse: “Oxe, menina. Deixe de ser “boba”. Esqueceu que eu sou padre? Coloque aí numa combuquinha um pouco de água e eu resolvo.”
E saiu aspergindo o consultório todo. Depois fez uma oração linda.
Quando ele chegava, a alegria chegava junto.
Sei que está fazendo festa no céu, amigo e professor!!
Dra. Juliana Bernardes (ex-aluna do Colégio Dom Bosco de Olinda)
Uma verdadeira lástima a perda de Roberto!
Embora não tivesse, nos últimos tempos, muito contato, mais que padre, era um amigo, desde quando ele era seminarista no Salesiano, quando o conheci, no início da década de 90.
Na época, ele era animador do nosso Grupo Jovem, o Maniphesto Jovem.
Eu o encontrei a última vez quando assumiu a paróquia em Vitória de Santo Antão.
Uma pessoa realmente vocacionada ao serviço a Deus e ao próximo, especialmente aos jovens e mais pobres.
Lutou com todas suas forças, contra tudo e contra todos, para conseguir realizar seu sonho de ser padre!
Implantou o Oratório de Dom Bosco em todas as paróquias em que passou e fazia questão de semanalmente visitar os presos nos presídios e levar a Palavra de Deus para confortá-los.
Uma grande perda para a Igreja e para todos os amigos e os que tiveram o privilégio de conviver, mesmo que rapidamente, com ele.
Que Deus e N. Sra. Auxiliadora o recebam em sua Glória e confortem a família e a todos nós nesse momento.
Fábio Silva de Seixas Maia (ex-aluno do Colégio Salesiano Sagrado Coração, do Recife)