“… Se a certeza da morte nos entristece,

conforta-nos a promessa da imortalidade.” (Prefácio dos fiéis defuntos)

Acordei hoje (14.08.2022), com a triste notícia de que, na noite de ontem, dia dos pais, faleceu meu querido amigo e pai espiritual, PADRE RAIMUNDO RICARDO SOBRINHO. Mais do que qualquer coisa que conste no meu currículo de vida, vale o fato de eu ter sido formado por padre Ricardo. Deus me presenteou por me ter dado, ainda muito jovem, a chance de conviver com padre Ricardo por longos anos: foi meu diretor por duas vezes, foi meu mestre no noviciado, foi meu inspetor (superior regional), foi sempre meu amigo e conselheiro. Homem dotado das mais belas virtudes humanas, formado na escola do padre Carlos Leôncio da Silva, era um humanista sem igual. Levou uma vida coerente com o Evangelho e com as promessas que fez a Deus de ser padre e salesiano. Foi até o fim de sua vida um exemplo para todos que conviviam com ele. Jamais serão ditas palavras de depreciação de sua pessoa, não porque não tivesse cometido erros, mas porque vivia imerso numa profunda comunhão com Deus e, por isso, como Jesus, passou por este mundo fazendo o bem. Seu desejo era o de sempre ser útil à Igreja e à Congregação, às quais serviu com total fidelidade e amor até o fim. No céu, agora, há uma disputa entre os santos para ver quem vai acolhê-lo em sua chegada, mas trago em mim a certeza de que a Virgem Auxiliadora, a quem padre Ricardo amou incondicionalmente, se apresentará diante dele e o conduzirá aos braços do bom Pastor.

Padre Ricardo, minha gratidão eterna pelas marcas que o senhor deixou em minha vida e em meu sacerdócio. Nos próximos dias, em cada missa que irei celebrar, o senhor estará em minhas intenções. Do céu, interceda por mim, pecador.

Pe. Luiz Eduardo Pinheiro Baronto, Cura da Catedral da Sé de São Paulo