Nesta quarta-feira (14), celebramos o aniversário de 50 anos da morte do venerável Dom Antônio de Almeida Lustosa, SDB. Você acompanha abaixo, o seu legado e trajetória:

Bispo da Igreja de Deus

Dom Antônio de Almeida Lustosa nasceu no dia 11 de fevereiro de 1886, em São João Del Rei/MG. Décimo filho de pais cristãos, recebeu educação exemplar que nele despertou o desejo de se consagrar a Deus na Vida Religiosa.

Logo iniciou seus estudos e sua formação com os Salesianos de Dom Bosco, estudando em Cachoeira do Campo/MG e, com 19 anos, já se encontrava no Noviciado em Lorena/SP. Fez sua primeira profissão religiosa no dia 28 de janeiro de 1906, em Lorena. Continua sua formação e em 28 de janeiro de 1909, professa em perpétuo. Inicia, então sua formação teológica, ordenando-se sacerdote no dia 28 de janeiro de 1912. Sempre, mas sobretudo ao longo dos seus 62 anos de sacerdócio, viveu a condição de imolado, obediente e humilde servidor do Evangelho. Nomeado Bispo, aceita na obediência e na fé, este chamado ao ministério do pastoreio e celebra sua ordenação episcopal no dia 11 de fevereiro de 1925, com 39 anos de idade sacerdócio.

Servidor diante de seus irmãos

Foi forte e grande na caridade e no zelo pastoral. Uma Religiosa deu testemunho deste fato: Fez Dom Lustosa, quando arcebispo de Fortaleza, uma campanha de roupas e calcados para os pobres. Chamou-os e, após reuni-los numa sala, em palácio, foi visto, ajoelhado, experimentando os sapatos nos pés dos pobres que, sentados, o rodeavam e com ele conversavam agradecidos.

Entendeu e viveu o episcopado não como privilégio ou busca de dignidade, mas como um serviço. Viveu a solicitude do bom pastor. Foi escritor exuberante sem jamais perder a ternura e a simplicidade, reflexos de sua santidade alicerçada num estilo simples e atraente, com os lucros das muitas obras que escreveu, nos pequenos intervalos da missão, ele sustentava os seminaristas pobres e ajudava os mais necessitados do Ceará, onde experimentou a fome e enfrentou, com seu povo, os desafios da solidão e do abandono.

Nos caminhos de Dom Bosco

Verdadeiramente um bom pastor, ainda hoje é lembrado com carinho e gratidão. Imagem viva do homem asceta que a todos edificava com sua presença, por sua piedade e espírito pacífico.

Foi bispo em Uberaba, diocese do Triangulo Mineiro, durante 04 anos.

Em 1928, é transferido de Uberaba para a diocese de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, permanecendo até 1931, quando se dá sua nomeação para a nova missão de Arcebispo de Belém do Pará.

Após 10 anos de fecundo pastoreio em Belém do Pará, deixando muita saudade, parte para Fortaleza onde, no dia 5 de novembro de 1941 é empossado como Arcebispo, quando pronuncia estas palavras que definem seu espírito de pastor fiel e obediente: “Nenhuma apreciação quero fazer das razões que levaram a Santa Sé a agir desta maneira. Basta-nos este pensamento: A vontade da lgreja é a vontade de Deus”.

Durante 22 anos (05.11.1941-11.05.1963), Dom Lustosa foi bispo, pastor e amigo do povo cearense. Tendo completado seu tempo, renunciou ao governo da Arquidiocese, passando a residir no Seminário Salesiano de Carpina, em Pernambuco. Lá, continua desenvolvendo seu trabalho de escritor, por vezes sofrido devido à sua precária situação de saúde. Viveu ele até o dia 14 de agosto de 1974 quando, santamente, faleceu, sendo seu corpo transferido para Fortaleza, onde se deram os funerais. Na majestosa catedral que ele sonhou e começou a construir, repousa seu corpo como semente plantada em meio ao seu povo, esperando a ressurreição.

Confira abaixo as fotos do nosso acervo inspetorial: