SALVADOR, Colégio Salesiano Dom Bosco – Salvador | Setembro amarelo: falar é a melhor solução

SALVADOR, Colégio Salesiano Dom Bosco – Salvador | Setembro amarelo: falar é a melhor solução
2 de outubro de 2018 Por pauloO mês de setembro, no colégio Salesiano Dom Bosco em Salvador, foi marcado por muitas atividades, incluindo reflexões a respeito da Bíblia, feira das profissões, semana da pátria e também a conscientização do “Setembro amarelo: falar é a melhor solução”. Este tema foi desenvolvido pelo psicólogo e sacerdote salesiano, padre Ildelfonso, que em dois momentos de 60min cada, trabalhou com funcionários dos diversos setores da escola.
Esta campanha, setembro amarelo, é uma campanha do Centro de Valorização da Vida que busca trazer o diálogo sobre o suicídio para a sociedade. Desde 2015, o mês busca a conscientização e a prevenção do suicídio. Mas nem todas as pessoas estão conscientes da importância da campanha e ao mesmo tempo do sentido da vida. No mundo todo, aproximadamente uma pessoa se mata a cada 40 segundos. Só no Brasil, o suicídio é a quarta causa mais comum de morte de jovens. O assunto é um tabu. Não falamos dele. A mídia evita por medo de aumentar os números, as pessoas evitam por medo do assunto em si e com isso, acabamos cortando o diálogo necessário.
Nesta situação, a sociedade toda perde com a falta de informação, ou até mesmo com a desvalorização da vida humana a qual é um dom precioso dado por Deus. Inúmeros são os problemas que levam uma pessoa a cometer o suicídio, o qual pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2015), o suicídio é a segunda maior causa mundial de mortes de jovens entre 15 e 19 anos e, infelizmente, os números de morte por suicídio crescem a cada ano. Perls (1979) define que as pessoas que se matam têm “uma impotência para enfrentar a situação; e escolhem a maneira mais primitiva: a explosão em violência”. Compartilho com a ideia de alguns psicólogos, no sentido de que, quando a pessoa deseja se matar é um “atuante no sentido de “acting-out”, ou seja, deriva do ato de sair de cena, um ato de linguagem, que gera uma interpretação, um ato de linguagem.
A humanidade está vivendo numa realidade muito grande de sofrimento. As perdas emocionais já não são encaradas como algo fundamental no processo do ajustamento criativo do sujeito. Os psicoterapeutas precisam trabalhar com esses sujeitos os sentimentos, sobretudo culpa, vergonha, medos, raiva, expectativas frustradas, desilusões amorosas, falta de esperança, desamparo e solidão. Assim, começarão a perceber a importância dos sentimentos em si e do estar no mundo.
Enfim, no contexto em que se vive, tudo está acontecendo de uma forma veloz e sem muitas explicações, mas é necessário buscar sentido dentro de si para viver.
Por Pe. Ildefonso Mesquita, SDB