CAUSOS SALESIANOS | PADRE ROLIM, BOM DE BOLA

CAUSOS SALESIANOS | PADRE ROLIM, BOM DE BOLA

11 de março de 2021 Por paulo
E Zé Rolim não perdeu a vocação por ser um craque no futebol, ele, o Padre Murilo e, menos excelente, o Padre Samuel (Samuel Barros). Do Padre Murilo (Murilo Domingues da Silva, hoje professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco), ouvi que, em São Paulo, quando estudantes de Teologia, os rapazes da Lapa foram jogar contra os juvenis do Palmeiras, e aos dois – Zé Rolim e ele – foi oferecido contrato profissional com o velho Palestra Itália, desde que deixassem a batina. Nem por isso o futebol os perdeu. O futebol foi, talvez, a habilidade de Zé Rolim que mais o terá tornado humano perante a nossa memória. Posso dizer, aliás, que os nossos melhores momentos no Recife aconteciam quando os aspirantes jogavam contra os Maiores do Internato, e nós alcançávamos a graça de sairmos do confinamento para irmos ver Zé Rolim e Murilo anteciparem a “tabelinha” que depois consagraria a dupla Pelé-Coutinho. (Reconheçamos que os padres tinham algum handicap sobre os atacantes do Santos: calçados de tênis, enquanto os demais jogavam descalços, eles enrolavam a bola na batina e rompiam caminho para o gol do adversário, levantando a areia do campo (hoje cercado, coberto de grama e encurtado para ceder espaço à piscina olímpica que aí se construiu). E, como todo apaixonado por sua arte, o meia avançado dos Salesianos não gostava nem um pouco de alinhar-se entre os perdedores. Uma vez, num jogo contra os Maristas de Apipucos, os Aspirantes apanhavam de goleada (5 x 1, se estou bem lembrado). A bola saiu fora de campo. O juiz apitou e disse: – Lateral. Zé Rolim irritou-se porque um seu parceiro perdia tempo sem entender a palavra “nova”, e gritou ao outro, para todos ouvirem: – “Lateral” é “Fora”, sua besta! Por Sebastião Moreira – Do livro: Ação Fraterna Salesiana: 25 anos
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CONGREGAÇÃO | “A Fábrica dos Sonhos”: a primeira presença salesiana no Estado do Acre

CONGREGAÇÃO | “A Fábrica dos Sonhos”: a primeira presença salesiana no Estado do Acre

11 de março de 2021
(ANS – Cruzeiro do Sul) – A Congregação Salesiana está presente no Brasil há exatamente 138 anos, com obras e missões em 23 dos seus 27 Estados. A Inspetoria Salesiana Missionária do Brasil-Manaus (BMA), depois de bem cuidado discernimento e apesar da carência de coirmãos, aceitou o convite do Salesiano Bispo de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, Dom Flavio Giovenale, para abrir a primeira presença salesiana no Estado. A nova missão foi confiada ao P. Roberto Cappelletti, salesiano missionário, italiano, há quase dez anos no País. Cruzeiro do Sul tem perto de 80.000 habitantes, que vivem principalmente de agricultura, com a presença quer de pequenos agricultores quer de enormes latifúndios. A cidade se encontra na ponta setentrional do Estado do Acre (que faz parte da área amazônica) e está a poucos quilômetros do Peru, dos Andes e da floresta amazônica. “Cruzeiro é uma cidade isolada – reconta o P. Cappelletti –. Para se chegar à Capital do Estado – Rio Branco – são necessárias 10 horas de ônibus; e não há voos diretos das outras cidades do Brasil. Sua riqueza são as crianças, os adolescentes e os jovens. Mas a desocupação juvenil é enorme: e isso favorece os cartéis da droga. Há três anos, a violência passou dos limites, com mortes cruentas de jovens, em todos os cantos da cidade”. “Estive em Cruzeiro do Sul em fins de fevereiro – prossegue o salesiano missionário – . Enfrentei 1.200 km de estrada cheia de buracos, com longos trechos sem asfalto. O que logo chama a atenção é o grandíssimo número de crianças e meninos, existentes nos bairros mais pobres. Nesses dias houvera também uma grande aluvião em todo o estado, o que me aumentou a impressão de abandono, carência, pobreza”. “A Fábrica dos Sonhos” é o nome dessa nova realidade missionária que o P. Cappelletti escolheu perto de Dom Giovenale. “Queremos dar novas perspectivas de convivência pacífica, de inserção no mundo profissional e de participação ativa à vida da Igreja” – acrescenta o salesiano. A Comunidade terá a sua própria casa dentro de uma parte do ex-seminário menor, já em curso de reestruturação. Ao lado da casa funcionará um lindo oratório, com campos de futebol, salas para encontros, uma área coberta e muito, muito verde em seu redor. Os salesianos serão responsáveis pela animação juvenil da cidade, através do oratório e também da animação nos fins de semana nos bairros, envolvendo crianças, adolescentes e jovens, a fim de que se tornem protagonistas positivos da cidade e da sua própria vida. Em posição mais central na cidade está a sede da Cáritas, que porá à disposição dos salesianos duas grandes salas atualmente disponíveis, onde serão organizados, para os jovens mais necessitados, cursos de culinária e ‘laboratórios’ para padeiros. «Buscamos para a nova presença uma estruturação simples e ágil, sem grandes edifícios ou construções. Peço-lhes a sua oração e o seu afeto! Saúdo-os com um enorme abraço brasileiro», conclui o P. Cappelletti. Fonte: ANS
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CAUSOS SALESIANOS | Padre José Rolim, o canário

CAUSOS SALESIANOS | Padre José Rolim, o canário

10 de março de 2021
O exagero constituía um traço marcante do Padre José Rolim Rodrigues, craque de futebol, meu - e de quantos? – professor de Latim, Inglês e OSPB, disciplina imposta pela revolução de 1964, na quarta ginasial. Ele sabia todas as aulas de cor, e os sermões solenes também. Ensinando a matéria do governo revolucionário, ele valia-se do auxílio do Padre Aguinaldo, que vinha de ‘mestrado’ pela Itália, para entender bem e explicar-nos com precisão e clareza a diferença entre nação, estado e país, por exemplo. Como sei isso? Eu fui ‘secretário’ depois de Janilto Rodrigues de Andrade e, ao lado da secretaria, no corredor dos quartos dos salesianos, participava, calado, de conversa dos dois. Como secretário, trabalhava nas notas, nos horários ou nos boletins – lembram o quadro com o ‘cartão’ cada um, mês a mês? Não eram bimestrais as notas. Eram mensais. Pois bem, em uma aula de OSPB, cujo conteúdo Padre Rolim ditava, para depois explicar e discutir, falando de condições de trabalho da polícia, ele disse que os soldados do Piauí nem dispunham de botas; trabalhavam descalços. Ríamos da humilhação. Havia duas gramáticas de Ravizza – a antiga, pequena, velhinha, faltando algumas páginas, acabando-se, e a grande, o tijolão. Um dia, no primeiro ano, que usava a gramática latina velha, para explicar e declinar os neutros em AL-E-AR, disse: Quem tiver a página 28 do Ravizza, pode abrir. Segunda-feira, o café saía apenas depois da leitura de notas, de comportamento, lembrem. No seu timbre apocalíptico, Padre Rolim gritou: Por causa das conversas de vocês, qualquer dia desses, quando entrarem na capela, Domingos Sávio não estará mais no altar. Em 1965, Padre Rolim recebeu como obediência ser Conselheiro do turno da tarde em Recife. Acostumado com os ‘cordeiros’ de Carpina, enfrentou sérias difi culdades para enfi leirar os externos em silêncio, antes do início das aulas, usando uma campainha. Depois de um ano na difícil tarefa, declarava, ‘se’ rindo (como falava o Padre Paixão): O badalo da campainha caía e os alunos não faziam silêncio. Das engraçadas do Padre Rolim, mais uma até hoje faz-me rir. Contava ele que em uma missa solene, não se dizia concelebração, o primeiro ‘concelebrante’ era o Diácono; o segundo era o Subdiácono. No dia, estavam Padre Antônio José, Padre Tiago Gallo e ele, reconhecidamente três desafi nados. As entonações das missas solenes cantadas eram importantes, mas não decisivas, porque o harmonium corrigia o tom para a resposta, mas ele sapecou: no meio dos três, eu era um canário. (Carpina cinqüentã: um lustro imorredouro – Francisco Felipe Filho, no livro 50 anos do ‘Aspirantado salesiano de Carpina
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